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Secretário de Educação apresenta resultados na AMPC

A direção da Associação de Moradores da Praia da Costa (AMPC) recebeu no dia 17 de março o Secretário Municipal de Educação de Vila Velha, o professor Wallace Millis. A agenda foi à convite do presidente da AMPC, Sebastião Luiz de Paula, e teve como objetivo a realização de uma espécie de “prestação de contas informal” da Educação aos dirigentes da Associação.

“A visita nos trouxe um novo olhar para educação e para as futuras gerações de nossa cidade. Ficamos surpresos com os projetos apresentados e já em pratica no município”, afirmou o presidente da AMPC . O secretário Wallace Millis apresentou as realizações de 2013 e o planejamento da pasta para o período de 2014 a 2016 a partir do qual pretende fazer da inovação o ponto de partida para mudar a educação de Vila Velha. “Podemos resumir o ano de 2013 como um ano de reestruturação”, explicou o secretário. Ele lembra que existia um número excessivo de profissionais na gestão, o que precisou ser revisto.

A sede da Secretaria, que antes funcionava em vários andares de um edifício comercial na Prainha, foi transferida para um novo espaço – no mesmo prédio da Secretaria de Saúde – com todos os funcionários ocupando um único andar. “Agrupar os funcionários ajudou a tornar a gestão mais eficaz e eficiente, diminuir o tempo e melhorar a qualidade dos processos”, explicou Millis. A realização de um planejamento estratégico para a educação permitiu que o foco das ações fosse direcionado para o aluno. “O mais importante em tudo que fazemos é o aluno e seu aprendizado.

É para isso que mobilizamos nossas energias todos os dias”, explica o gestor. Esse planejamento permitiu que a Educação tivesse um rumo definido até 2016. “Todas as nossas ações, além de direcionadas para o resultado da aprendizagem estão ancoradas em três dimensões: valores, sustentabilidade e tecnologia”. A partir deles a Prefeitura voltou a investir na formação em serviço dos professores (paralisada há quatro anos), estabeleceu parcerias para a implantação de programas inovadores na área de leitura, de robótica e tecnologias educacionais, e implantou projetos de resgate dos valores humanos, que contribuiu para reduzir o número de ocorrências disciplinares em até 98% (fevereiro de 2013/fevereiro 2014).

Educação: um problema social

Estudos apontam que jovens brasileiros são cerca de 50 milhões. Mais de 84% vivem no meio urbano; entre estes, muito se encontram na periferia, convivem com rotina de altas taxas de desemprego, violência, crescente segregação racial, qualidade de vida deteriorada; metade deles vive em moradias inadequadas; 2 milhões dos que têm entre 15 e 29 anos vivem em favelas.

Quase 15% de nossos jovens ainda permanecem fora da escola; é grande a desproporção entre idade e série, pois nem a metade dos alunos entre 14 e 15 anos está no ensino médio, etapa crucial da educação. Pior, essa frequência continua sem melhora significativa, comprometendo o futuro de milhões de brasileiros. Há também em nosso país o problema da histórica desigualdade do acesso ao ensino superior. Dessa forma, a desigualdade avança para o âmbito dos postos de trabalho, do rendimento e das condições de vida. A situação de desigualdade de condições na formação e preparação para o mercado de trabalho se configura em violência, visto que a toda essa multidão restará apenas o trabalho informal e pequenos “bicos” para manter. Enquanto prevalecer esse quadro, certamente continuaremos a conviver com os demais tipos de violência que se alastram pelo nosso cotidiano.

Aqui acenamos com alguns indicadores da desigualdade, que é ainda mais ampla, sobretudo quando analisamos a questão racial e de gênero. Milhões de nossos jovens sofrem duramente com o processo da desigualdade e exclusão. Diante disso, foi muito importante a exposição dos projetos apresentados pelo Secretário de Educação, Wallace Millis, nos conduzindo a uma boa ocasião para nos mobilizarmos para superar tal conjuntura, que nos envergonha.

Diretoria AMPC

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