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Narcóticos Anônimos na luta contra a dependência

ssoa dependente das drogas, a melhor sugestão é procurar ajuda. Uma opção de apoio são os Narcóticos Anônimos, que fazem um trabalho com resultados muito positivos.

A Irmandade atua sem fins lucrativos, não é filiada a nenhuma outra organização, não tem matrícula nem taxas, não há compromissos escritos, nem promessas a fazer a ninguém. O N.A da Praia da Costa recebeu o nome de Grupo Reviver. Mas existem ainda outros cinco grupos em Vila Velha, que ficam em: Coqueiral de Itaparica, Ibes, Cobilândia, Barra do Jucu e Ponta da Fruta.

Os grupos são compostos por homens e mulheres em que as drogas se tornaram um problema maior. São pessoas em recuperação, que se reúnem regularmente para ajudar uns aos outros a se manterem limpos. N.A é um programa de total abstinência de todas as drogas.

Qualquer pessoa pode juntar-se aos grupos, independente da idade, raça, identidade sexual, crença, religião ou falta de religião. Há somente um requisito para ser membro: o desejo de parar de usar droga.

Para participar, não é preciso dizer o que ou quanto de drogas o dependente em recuperação já usou, quais eram os contatos, o que fez no passado, o quanto tem ou deixa de ter; o que interessa é o que a pessoa quer fazer a respeito do problema e como é possível ajudar.

O recém-chegado é a pessoa mais importante em qualquer reunião. Aprendemos com nossa experiência coletiva que aqueles que continuam indo regularmente às reuniões mantêm-se limpos. Esse é o grande objetivo do grupo, ficar limpo, se manter longe das drogas. Um dia após o outro. Com essa concepção, o N.A acredita que pode mudar a realidade de quem precisa.

As reuniões acontecem na quinta-feira das 19h30 às 21:30 e domingo das 18h às 20h00, sendo que as reuniões abertas ao público são nos segundos e quartos domingos de cada mês.

Linha de Ajuda: 3084-8508


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Drogas: o melhor é a prevenção

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma pessoa bem informada tem menor possibilidade de usar drogas. Mas infelizmente somente a informação não é suficiente para evitarmos o uso indevido das drogas.

Quando falamos de prevenção não podemos esquecer que as três instâncias da prevenção têm a sua real importância.

A prevenção primária que é para evitar ou retardar a experimentação do uso de drogas, tem por finalidade esclarecer, clarear e desmistificar as informações do uso de drogas e seus efeitos. Portanto, refere-se ao trabalho que é feito junto às pessoas que ainda não experimentaram, reduzindo o risco de surgimento de novos casos.

A prevenção secundária tem como objetivo atingir as pessoas que já experimentaram ou que fazem o uso eventual de drogas. A informação neste momento nem sempre é efetiva e em alguns casos é recomendada a psicoterapia que pode ser tanto para que a pessoa possa refletir sobre o significado do uso da droga e/ou também para iniciar um processo de autoconhecimento e, se for necessário, receber intervenções para evitar que um estado de dependência se estabeleça, e assim, ter a oportunidade de fazer escolhas mais saudáveis. Por isso, é muito importante esta atitude preventiva de evitar que o uso se torne compulsivo e danos maiores à saúde.

Por último temos a prevenção terciária que diz respeito às abordagens necessárias no processo de recuperação e reinserção social dos indivíduos que já tem problemas com o uso ou que apresentam dependência, e tem como objetivo essencial evitar a recaída, visando à reintegração do indivíduo na sociedade, possibilitando-lhe novas oportunidades de engajamento na escola, nos grupos de amigos, na família, no trabalho etc. Portanto este tipo de atenção é mais produtivo e adequado se for feita por um profissional de saúde, de preferência um especialista, que possa ajudar ao dependente e a sua família a desenvolver estratégias voltadas para reabilitação e reinserção na sociedade.

 Não é possível saber com antecedência quem irá ter maiores problemas com o uso de drogas. Assim como no uso do álcool não temos como identificar quem poderá desenvolver a síndrome do alcoolismo, nas outras drogas também não sabemos, embora tenhamos que ter muito cuidado com algumas drogas especificas como o crack. Essa droga, além de ter o  poder de levar o usuário para a dependência, torna-se  muito perigosa.

Segundo estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) o crack é uma droga muito potente e provoca efeitos mais fortes do que álcool e a maconha, por isso provoca dependência agressiva, exclusão social do usuário e desagregação familiar, além de estimular a criminalidade.

Portanto salientamos a necessidade de ações repressivas, pois a repressão e a prevenção embora com posturas diferentes, são complementares e tem papéis importantes na sociedade.

A repressão tenta reduzir a oferta de drogas, e tem como objetivo dificultar o acesso às drogas, e para realizar um trabalho com ações preventivas precisamos desenvolver contatos para formar uma rede de atendimento na comunidade.

Para mobilizar um grupo dentro da comunidade, muitas vezes, é preciso iniciar algum trabalho em uma instituição da região, que pode ser uma escola, associações, clubes, entre outros. Com o envolvimento dos alunos, pais, professores e funcionários, podemos expandir as ações para a comunidade ao seu redor, envolvendo líderes comunitários, religiosos e grupos de jovens.

É necessário que as ações sejam desenvolvidas em vários âmbitos, com ações integradas entre as diferentes áreas sociais. Sempre o melhor é prevenir do que remediar!

Elaine Bello Bonorino - Psicóloga especialista clínica e especialista em dependência química