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Gripe A: número de mortes vai diminuir no país, afirmam médicos

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Segundo Davis Ferreira, chefe do Departamento de Virologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no princípio muitos médicos tratavam pacientes com a influenza A como se estivessem infectados com a gripe comum.  Algumas dessas pessoas, por se tratar de grupos mais vulneráveis à nova doença, como as grávidas, acabaram morrendo.

“O que acontece agora é que as pessoas de ‘grupos de risco’ estão sendo tratadas de forma especial. Então, eu acho que as medidas estão acertadas. O ‘grupo de risco’ tem que ser olhado com bastante carinho. Essas pessoas não podem voltar para casa se tiverem com sintoma de gripe, devido à alta incidência de pneumonia. E, com essas pessoas sendo bem orientadas e bem cuidadas, acredito que podemos diminuir muito o número de óbitos por essa gripe”, disse Ferreira.

O coordenador da Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Pablo Vazquez, concorda que os médicos não estavam bem orientados para tratar a nova gripe e que agora eles estão melhor preparados para lidar com a doença. Vasquez acredita que haverá redução do número de mortes e de casos da gripe suína no país, conseqüência de um melhor atendimento e do fim do inverno, que ocorrerá em setembro,. “Acho que as medidas organizadas pela saúde pública devem ser o principal motivo [para essa queda de mortes esperada], mas, sem dúvida, não há como negar que a saída da temporada de temperaturas mais baixas estimula o recuo da doença”, afirmou.

No entando, o coordenador do Cremerj alerta que a gripe suína ainda não é completamente conhecida dos médicos e especialistas - ou seja, ainda há muito o que descobrir sobre essa doença. 

“A gente está criando consensos em relação a uma doença sobre a qual ainda temos pouca fundamentação científica. Por isso, ainda não há um protocolo totalmente estabelecido. Por conta disso, as orientações estão sofrendo mudanças”, disse.
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Hábitos simples de higiene evitam doenças respiratórias

maos1Uma combinação que tem preocupado alunos e pais é o início do período letivo e o inverno, época em que as pessoas frequentam locais mais fechados. No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta a importância de algumas orientações que podem ajudar a prevenir doenças respiratórias, como a Influenza Sazonal (gripe comum) e a Influenza A (H1N1). Para isso, basta que algumas medidas sejam adotadas no nosso dia a dia.

Hábitos simples de higiene são o primeiro passo para prevenir a gripe, já que o vírus da influenza é transmitido por via aérea, contato com as secreções orais ou com objetos contaminados. O vírus, fora do corpo humano, sobrevive por cerca de 10 horas em objetos e superfícies. Lavar as mãos com água e sabão é a principal orientação do Ministério da Saúde (MS).

Água e sabão
Gilton Almada, coordenador do Centro de Emergências em Saúde Pública da Sesa, explica que esse simples hábito de higiene é suficiente para eliminar o vírus das mãos. O uso do álcool a 70% também é recomendado, mas não significa que é mais eficaz. “Um ou outro. O álcool pode ser utilizado em locais em que a água e o sabão não estejam disponíveis e sempre que as mãos não estiverem visivelmente sujas”, enfatiza.

Almada também diz que a lavagem das mãos deve ser feita de forma cuidadosa e detalhada: “Depois de retirar anéis pulseiras e relógio, a pessoa deve abrir a torneira, evitando encostar-se na pia. Em seguida, deve aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete, que cubra toda a superfície das mãos, e ensaboá-las, friccionando-as entre si”. E este é só o começo.

“Muitas pessoas têm o costume de lavar as mãos equivocadamente. Fazem isso com rapidez e não limpam toda a superfície. Se a limpeza não for feita corretamente, o vírus não é eliminado”. Por isso, ele explica que, após ensaboar as mãos, são necessários outros movimentos: ensaboar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-e-versa e entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.

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Depois disso, Gilton Almada sugere esfregar cada dedo separadamente com auxílio da mão oposta; friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita e vice-e-versa e esfregar os punhos. Após estes movimentos, a orientação é enxaguar as mãos, retirando os resíduos do sabonete e evitar o contato direto com a torneira.

Para secar as mãos, a recomendação é o uso do papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Se a torneira for de contato manual, fechá-la utilizando também o papel. Gilton Almada lembra que todo o procedimento deve durar pelo menos um minuto. “E deve ser feito antes das refeições, ao tocar olhos, boca e nariz, após tossir, espirrar ou usar o banheiro, depois de usar ônibus, fazer compras e, se possível, após tocar objetos de uso coletivo”, exemplifica.

Objetos
Crianças, nas escolas, e adultos no trabalho, também devem ficar atentos às orientações referentes ao uso de objetos comuns. A primeira dica é não usá-los. Compartilhar esses materiais, como canetas e pincéis, pode contribuir para disseminação do vírus. O ideal é que cada pessoa tenha seus próprios itens de estudo e trabalho.

Além disso, é recomendável, que ao tossir ou espirrar, a pessoa se proteja com um lenço – de preferência descartável – e manter os ambientes, em casa e no trabalho, o mais arejados possível. Não compartilhar objetos pessoais e alimentos também previnem contra a gripe.

Com as crianças de menor idade e que necessitam de serem cuidadas, as orientações de higiene são as mesmas: lavar as mãos sempre que possível, principalmente depois que elas tiverem contato com secreções nasais e orais. Os objetos de uso comum, como os brinquedos, devem ser lavados quando estiverem visivelmente sujos.

Gilton Almada explica que, além de proteger contra o vírus da influenza, esses hábitos saudáveis de higiene contribuem também para prevenir a incidência de outras doenças. Entre elas, gastroenterites, hepatites e diversos tipos de infecção.