Sistema nervoso e comportamento humano
Em 2004, iniciei o tratamento de um autista que era muito agitado, tinha reduzida massa muscular, pouco equilíbrio e noção de distância, com várias marcas no corpo por se chocar contra obstáculos dos quais não desviava.
Hoje, aos 26 anos, desenvolveu bastante massa muscular e o tamanho de todo corpo, melhorou muito o equilíbrio, já desvia dos obstáculos, fala algumas palavras, aceita o contato visual e tátil, está interagindo e se integrando ao meio social. Neste período também tratei de várias pessoas de ambos os sexos, que tinham em comum flacidez e alterações de sensibilidade em todo corpo.
Outra característica muito evidente é o comportamento de isolamento, apatia, pouca expressão facial, insegurança, baixa capacidade de comunicação. Observei que em todos os casos, durante o tratamento, ao mesmo tempo que melhorava o tônus muscular e diminuía a flacidez, tornavam-se pessoas mais expressivas, seguras, sorridentes e comunicativas.
Um recente estudo realizado nos EUA constatou que alterações no nervo auditivo causam retardo e distorção dos estímulos sonoros e provavelmente o autista ouve apenas um barulho, impossibilitando a comunicação verbal. Nosso tratamento, que consiste da estimulação do sistema nervoso periférico, facilita que cheguem ao cérebro com maior velocidade e qualidade, todos os estímulos captados pelos sentidos de visão, audição, olfato, paladar e tato, proporcionando às pessoas maior interação e integração com o meio social.