Com o objetivo de aumentar a presença policial nas ruas, o Plano Executivo de Policiamento Ostensivo entrou em funcionamento no município de Vila Velha no dia 10 julho. Os policiais militares lotados no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha, foram distribuídos em 16 pontos de referência do município visíveis à população. Além de seguir o mapeamento, o efetivo foi reordenado também em função da demanda da comunidade e são ocupados por duplas de policiais que realizam o policiamento a pé.

A região da Praia da Costa ficou com dois dos 16 pontos, um no cruzamento da Avenida Jerônimo Monteiro com a Champagnat e o outro no cruzamento da avenida Champagnat com Antônio Ataíde. Os militares ocupam os chamados pontos de referência a partir das 13h até às 20h, de segunda à sábado. O tenente-coronel Antônio de Souza do Nascimento, comandante do 4º Batalhão, disse que o objetivo do Plano é criar condições para que a PM tenha maior visibilidade.

O projeto elaborado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública em conjunto com a Polícia Militar foi apresentado pelo comandante do 1º Batalhão da PMES, em Vitória, tenente-coronel Marco Tadeu Celante, na manhã do dia 05 de Julho.

Parece que a luta de mais de 25 anos da Associação dos Moradores da Praia da Costa (AMPC) em conseguir a realização das obras de desobstrução e drenagem do Canal da Costa, começa a mostrar resultados positivos. Em uma reunião, no mês de julho, com o vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço e com o líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado estadual Élcio Alvares (DEM), a diretoria expôs os principais problemas gerados e trouxe para comunidade a garantia do Governo em realizar estudos de viabilidade.

Para debater o assunto, foi realizado um encontro com a AMPC no Palácio Fonte Grande, no Centro de Vitória, onde a Associação de Moradores expôs os prejuízos e aborrecimentos gerados pelo Canal da Costa causados ao longo dos anos. O vice-governador se mostrou disposto a inicialmente fazer uma visita técnica ao local com o objetivo de avaliar as medidas que inicialmente seriam necessárias e também para definir critérios quanto ao projeto de estudo do Governo.

Ferraço: estudos e viabilidade

Durante a reunião, o deputado Élcio Álvares reconheceu o mau-cheiro que o Canal exala. “As pessoas que moram perto do canal devem sofrer. É um mau-cheiro que chega a dar náuseas”, exclamou o parlamentar. Além desse problema, há ainda reclamações referentes a proliferação de ratos e insetos, e também do registro constante de alagamentos em épocas de chuva.

Elcio: mau-cheiro insuportável

Inicialmente a idéia proposta pelo deputado é a de que a Prefeitura elabore um projeto semelhante às obras que foram realizadas na Avenida Paulino Müller no bairro Jucutuquara, em Vitória para que o Governo as execute. Mas já adiantou que se houver qualquer tipo de inércia do Executivo municipal, o próprio Estado se responsabiliza em fazer o planejamento. Para fortalecer a reivindicação dos moradores, o democrata também garantiu mobilizar parte da Assembléia Legislativa em prol das obras.

De acordo com Élcio, já houve uma conversa sobre as obras no Canal da Costa com o governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB). Segundo ele, elas fariam parte de um projeto de reurbanização de Vila Velha. “O Governador já se mostrou disposto a investir em Vila Velha, e inclusive, chegamos a cogitar que poderia ser desenvolvido o mesmo trabalho que foi feito em Guarapari, na orla de Vila Velha”, comentou.

Entre o ano de 2006 e 2007 o número das principais ocorrências policiais registradas na Praia da Costa diminuiu. De acordo com o comandante da 1º Companhia do 4º Batalhão da Policia Militar, Emerson Henrique Marques, o resultado positivo pode ser justificado pelo reforço policial no bairro. As estatísticas de maior redução foram as de roubo e furto a veículos.

Apesar da Companhia disponibilizar apenas 12 dos 97 policiais que possui, o comandante explica que entre os bairros de Vila Velha, a Praia da Costa recebe uma atenção especial por se tratar de uma área cujos moradores, em sua maioria, detêm um alto poder aquisitivo; e por receber uma grande quantidade de turistas nas vésperas de férias e nos finais de semana.

“A Praia da Costa é muito bem atendida pela quantidade de moradores e tem uma atenção especial que muitos bairros não tem. Essa região conta com uma viatura exclusiva, tem uma dupla de policiais de bicicleta que fazem policiamento na parte da manhã e na parte da tarde. E também mais dois militares que trabalham a pé na parte da manhã. Além disso, conta com um sargento exclusivo que funciona como um sub-setor da Companhia”, detalhou.

Ainda segundo o comandante, a Praia da Costa tem um perfil diferente de outros bairros considerados perigosos em Vila Velha. Na opinião dele, não se trata de uma região violenta, mas sim de uma que oferece atrativos para os criminosos, por ser um bairro onde a maioria dos moradores tem alto poder aquisitivo.

Além da Praia da Costa, a 1º Companhia abrange os bairros: Glória, Aribiri, Ataíde, Garoto, Divino Espírito Santo , Cristóvão Colombo,. Ilha dos Aires, Itapuã, Centro, Olaria, Sítio Batalha, Morro do Moreno.

De cada dez bicicletas, duas trafegam na ciclovia e oito no calçadão. Infelizmente o cenário que habitualmente vemos na Praia da Costa é diferente das principais praias do Brasil, onde a cidadania consegue ser um pouquinho maior do que o descaso. Quem costuma freqüentar a praia para passear ou fazer exercícios, não agüenta mais a falta de respeito e de educação dos ciclistas que insistem em usar o calçadão como uma pista. De fato, esta prática e outras mais, podem ser taxadas como características de um povo, que na sua maioria, é totalmente alheio à cultura e a educação.

Mesmo que a maioria tenha essa consciência, não se pode aderir ao conformismo e fazer dessa realidade algo comum ao dia-a-dia. Tanto a sociedade como os governantes do município têm o dever de agir corretamente e contribuir para um trabalho educativo que começa na nossa própria atitude.

Assim como os jargões mais conhecidos: “Lugar de lixo é no lixo” e “Lugar de criança é na escola”, cria-se aqui um outro que deve ser seguido: o de que “Lugar de bicicleta é na ciclovia”. Afinal, temos o nosso calçadão para servir às crianças, adultos e idosos para que desfrutem desse lazer.

Aliás por falar em família, esta também tem um papel fundamental. Há exemplos visíveis de adultos que trafegam com seus filhos de bicicleta no calçadão, dando o péssimo exemplo desde cedo. E para completar, existe ainda a categoria de ciclistas mais ousados que gritam e assobiam para que os pedestres saiam da frente, como se estes estivessem no lugar errado!

Se a sociedade parar para pensar sobre isso já está fazendo a sua parte. Mas é fundamental uma boa vontade e colaboração da Prefeitura em promover a sinalização da orla e quem sabe até investir em fiscalização e ações educativas. Sem esquecer também do setor privado, está mais do que na hora das empresas que participam de eventos na praia como jogos de Vôlei,  Futebol e até mesmo o Jesus Vida Verão começarem a colaborar através de patrocínios e da sua efetiva participação para coibir o “tráfego” indesejado de bicicletas no calçadão.

Diretoria da AMPC