A doação de órgãos sólidos já atingiu 24,7% do total de potenciais doadores, no primeiro semestre de 2009, representando um aumento de mais de quatro pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (20,4%). Este percentual foi levantado pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Espírito Santo (CNCDO/ES), serviço da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Segundo o balanço, há sinais de melhorias nos transplantes de órgãos sólidos – coração, rim, fígado, pâncreas – no Estado, mantendo a média para transplantes de córneas (57 cirurgias). O transplante de fígado, por exemplo, teve um aumento de 8,3%, enquanto o de rim teve 7,7% a mais em relação ao primeiro semestre de 2008.

O aumento das doações, de acordo a gerente do CNCDO/ES, Ana Francisca Gonçalves da Cruz, é fruto de aprimoramento na capacitação e orientação dos profissionais que atuam na área e do trabalho eficiente das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs). “O Espírito Santo vem avançando muito nessa área. Em 2007, foram realizados 132 transplantes, já no ano seguinte, foram 234 cirurgias”, destacou.

Notificações

Em 2009, foram registrados pela Central de Órgãos 115 transplantes no primeiro semestre. O Hospital São Lucas (HSL) foi, neste semestre, o que mais fez notificações de morte encefálica (ME), com 20,5% do total, e em doações efetivadas de órgãos sólidos (44,4%). “O apoio da direção do hospital à CIHDOTT tem sido de extrema importância para o sucesso deste trabalho”, destacou Ana Francisca.

A Comissão é responsável por coordenar o processo de doação e transplante dentro do hospital, fazendo a articulação com a Central de Órgãos para viabilizar a doação.

Neste ano, de janeiro a junho, houve no Estado 56 cirurgias de córnea, 43 de rim, 13 de fígado e 03 de medula óssea. O Espírito Santo ainda realiza transplantes de coração, rim/pâncreas e pâncreas. No total, são seis hospitais que fazem transplantes no Estado. São eles: os Hospitais Evangélicos de Vila Velha (HEVV) e Cachoeiro de Itapemirim (HECI), Hospital das Clínicas (Hucam), Hospital Meridional, Vitória Apart Hospital e Hospital Santa Rita.

Para os pacientes que necessitam de algum tipo de transplante que o Estado não faz, a Sesa arca com os custos de todo o processo de tratamento, desde a viagem do doador ou receptor, com acompanhante.