Imprimir

Homenagem a todos os porteiros

Uma profissão, uma vida de trabalho

Para quem precisa ouvir um pouco a voz da experiência discorrendo sobre a profissão de porteiro, comemorada no dia nove de junho, o Sr. Nilton, 78 anos, é a pessoa certa.

 

porteiro02_fmt

Da esquerda para direita: Joel Freitas (síndico do Edif. Sereia),
Sr. Nilton (porteiro) e Ricardo Antônio (morador)

Com o costumeiro sorriso no rosto, o Sr. Nilton Pereira da Cunha, segue há 42 anos o mesmo caminho para o trabalho, do bairro Santa Inês até o Edifício Sereia, na Praia da Costa. Ele é considerado o porteiro mais antigo do bairro e relata que começou a trabalhar em 25 de fevereiro de 1968, quando o edifício ainda estava em construção.

“A função é cheia de responsabilidades e também de grande importância, já que o cargo compreende a segurança do condomínio, controlando a entrada de pessoas e automóveis, sutileza e educação ao lidar com o ser humano e um conhecimento geral do prédio para auxiliar os condôminos”, afirma Sr. Nilton.

Para contextualizar a profissão, pode-se dizer que a função de porteiro no Brasil é muito comum e, às vezes, passa por despercebida aos olhos dos cidadãos na rotina do dia-a-dia, ao passo que em outros países é quase desconhecida.

A profissão também sofreu algumas mudanças nos últimos anos. Um exemplo é o curso de porteiro que hoje é exigido para todos os que desejam ingressar na profissão, pois fatores como assalto em condomínios levou a necessidade de um profissional mais atento, observador e preparado para lidar com as situações que representam riscos para terceiros e para si mesmo.

Diante dessas transformações ocorridas na atividade, o Sr. Nilton relata que “ao passo que antes não tínhamos recursos como portões eletrônicos, interfones, grades e outros meios que hoje garantem a segurança dos moradores, também a violência era menor e isso fazia com que a profissão fosse mais tranqüila e de menos risco”.

 

porteiro2_fmt

Sr. Nilton

De acordo com o Síndico do Edifício Sereia, Joel Freire, “o porteiro, no caso do Sr. Nilton que trabalha aqui há tantos anos, é uma referência para o prédio, principalmente, quando somamos esta experiência às suas qualidades, as quais refletem na definição de um bom porteiro, como ser pontual, honesto, educado e prestativo.”

Já o morador do prédio, Ricardo Antônio Brandão Viana, afirma que “além das atividades desempenhadas normalmente por um porteiro, recebemos também o auxílio em  pequenos serviços, como reparos de pintura, encanamento e outras colaborações que facilitam e dão comodidade a nossa vida”.

Com isso, mesmo com as exigências da profissão, o Sr. Nilton deixa claro o seu amor pelo ofício, pois mesmo após a aposentadoria resolveu continuar trabalhando. E nas horas de folga para distrair um pouco, não deixa de ir para ao forró.

Assim como o Sr. Milton, essa homenagem é estendida a todos os porteiros que contribuem para facilitar o cotidiano de muitas pessoas.

 

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar