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AVC: diagnóstico precoce diminui chances de complicações

Repentino, perigoso e muitas vezes fatal, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) faz a cada ano milhares de vítimas e já se tornou uma das principais causas de morte e sequelas no Brasil. São cerca de 90 mil pessoas que morrem por ano, vitimadas pela obstrução das carótidas (artérias que levam o sangue até o cérebro). Mas se diagnosticado cedo, o problema pode não evoluir para a gravidade do quadro.

Diagnosticar o risco de AVC é uma importante ferramenta para não sofrer os efeitos do problema. Familiares de pacientes portadores de doença vasculares, como aneurismas da aorta abdominal, obstrução arterial por aterosclerose e trombose venosa profunda devem estar atentos. Hábitos inadequados como sedentarismo e tabagismo, aliados ao histórico familiar, também são fatores que devem ser atentamente observados.

De acordo com a médica Sandra Pontes, do Angiolab Laboratório Vascular, que trabalha com a realização de ultrassonografia das veias e artérias, o check up vascular é indicado em algumas situações. "Um exemplo interessante é o caso da trombose venosa, sem causa estabelecida, em jovens. Nesses casos é prudente a investigação de fatores de ordem genética e ou familiar. Em qualquer idade, caso o indivíduo apresente sinais ou sintomas que sugiram doenças vasculares é necessário avaliação de um especialista", explica a médica.

Outro caso já consagrado é a indicação do rastreamento do aneurisma da aorta abdominal em familiares de portadores da doença. "Controlar os outros fatores de risco para AVC, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, aumento do colesterol e triglicérides, alcoolismo e arritmias cardíacas reduz o risco de a doença evoluir para um quadro mais grave. Por isso, nada melhor que tomar cuidados simples para garantir a saúde", completa a médica.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. No isquêmico o paciente deixa de receber sangue por conta de êmbolos ou placas que impedem a irrigação de sangue, com origem geralmente do coração ou da carótida. Já no hemorrágico, um vaso rompe provocando sangramento dentro da região cerebral.

Rastreamento da doença carotídea na Grande Vitória

Em 2004, o Angiolab Laboratório Vascular desenvolveu uma campanha de diagnóstico da doença carotídea, na prevenção do AVC. Foram analisadas 503 pessoas com idade superior a 65 anos. Na ocasião, foi constatado que 77% desse total apresentavam algum grau de obstrução nas carótidas (artéria que leva o sangue do coração ao cérebro). Desse total, cerca de 6,5% apresentava obstrução considerada significativa (obstrução superior a 50% da artéria). Esses pacientes foram encaminhados para serviço especializado.

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