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Ode à participação

Todo ano de eleição é a mesma coisa. São notáveis as atitudes de alguns cidadãos brasileiros frente a sua obrigação civil de votar em um ou mais candidatos para representá-los em uma administração pública. Observam-se, com isso, as seguintes situações: existem eleitores que só votam “no nulo”, outros “no branco”, alguns no vizinho, no conhecido, no amigo do amigo seu, e por aí vai. Ainda, têm os que por troca de favores vota em qualquer um; há os que não se importam com isso, afinal justificam que política é para político; e além desses “tipos”, não poderia deixar de citar, os decepcionados. Mas, afinal, será que isso, votar por votar, é uma participação real voltada aos propósitos de mudanças nas áreas da educação, da saúde, da economia, do transporte público, entre outros setores relacionados ao bem-estar da coletividade?

Por que será que ouvimos mais falar em política em períodos eleitorais? E, por que para muitos o termo política é distanciado de seu dia-a-dia? Não somos nós seres políticos?

Ao inquirir linguisticamente a palavra política, constata-se que sua origem vem do Grego, e esta estava intrinsecamente ligada ao conceito de polis (cidade). Assim, politeia (do grego, remete ao ser político) referia ao significado de tudo que estava estabelecido ao pensar a vida em comunidade, sociedade. Com o passar dos tempos, a compreensão sobre o que é política foi se reprojetando e hoje remete à idéia de ciência do poder e do Estado.

Contudo, precisa-se refletir a política, não somente como um espaço para partidos ou para jogos de poder; a política representa o “canal” para o exercício da cidadania e espaço para argüição. Portanto, integram ao significado desta palavra o procurar consensos, os quais sejam voltados para todos.

Ao pensar desta forma, devemos ter outras posturas diante da política, mesmo sabendo que por conta da busca pelo poder comprovada em diversas sociedades ao longo da história da humanidade, temas como a corrupção, as desigualdades sociais e as prerrogativas das elites fazem com que a política caia no descrédito. Todavia, a questão é: se vivemos em uma sociedade de forma consciente e livre, podemos execrar e não recorrer à compreensão da política?

Interessar-se pela política não quer dizer que a pessoa deva estar entrelaçada a partidos ou transformar-se em um pesquisador exímio desta ciência. Porém, compreender a política, baseia-se em desenvolver a vida em sociedade de maneira ponderada e participativa, e não esperar que as mudanças aconteçam a partir dos outros. Afinal, estamos inseridos em uma estrutura de democracia, cujo governo resulta de uma escolha popular, direta e representativa.

Toda essa explanação sobre política é para salientar a relevância da participação. Estamos em plena “corrida eleitoral” para cargos municipais em todo país, por isso devemos procurar conhecer os candidatos, os quais iremos escolher para exercer uma gestão competente e séria.

Diretoria da AMPC

 

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