A problemática da segurança na Praia da Costa é sempre uma constante, não apenas no verão, mas em qualquer estação. Neste último dia 20, em mais uma de suas ações, a Associação dos Moradores da Praia da Costa, no intuito de debater sobre as possíveis soluções para este problema, reuniu no auditório do Quality Suítes, na Praia da Costa, o Capitão Wellinton, Comandante da 1ª Companhia, do 4º Batalhão, responsável pela segurança em Vila Velha, representando o comandante do 4º Batalhão, tenente coronel José Carlos A. Carneiro, que não pode comparecer, presente também a Juiza da Infancia e Juventude Drª Patricia Neves; entre outros personagens essenciais para esta discussão; moradores, síndicos e administrativos, estavam presentes no evento, ministrado pelo Presidente da Associação José Eduardo Martins.

De acordo com os moradores, como afirma a Síndica do Ed. Vitória de Luca, Valéria Thebit, falta políciamento por todas as ruas do bairro “Principalmente agora com a demanda do verão, os policiais estão ficando na orla, se esquecendo do bairro na sua totalidade. Todas as linhas de ônibus trazem muitas pessoas de todos os bairros da periferia de Vila Velha, falta segurança, minha filha foi assaltada há semanas atrás. Não posso deixar as crianças nem tomarem sorvete. É uma situação complicada que merece uma atenção especial. Um policiamento efetivo responderia a estas questões, infelizmente é precário este serviço no bairro, e se você precisar de atendimento imediato ou mesmo um socorro, demoraria em ser atendido. Eu já estive numa situação dessas duas vezes, tentei chamar e não fui atendida.” A Síndica do condomínio Residencial de Itapuã, afirma que o bairro é muito afetado, “Até que policiamento tem, mas é muito pouco. Acho que Itapuã é um dos lugares mais afetados, é complicado sair de casa após certo horário, seja no calçadão, ou dentro do bairro, falta segurança de uma forma em geral. Os horários mais críticos, quando acontecem os assaltos, são de 14h ás 17h, e quando a gente chama a polícia, eles vêm de bicicleta e não dá tempo de pegar os bandidos”.

O Presidente da AMPC durante a reunião, apontou dados e estatísticas, relacionadas a esta problemática, reivindicou soluções e afirmou ainda que “Para soluções, devemos ter mais policiamento nas ruas, eu entendo assim, se você tem policiamento em uma determinada área, você espanta os marginais, desviando-os para uma outra área, e se esta outra área tiver policiamento, eles também não poderão agir ali. Hoje na Praia da Costa são mais de 40 mil moradores fixos. De acordo com índices do Shopping Praia da Costa, diariamente a freqüência ali de pessoas, é de mais de 20 mil por dia, ou seja, é uma imensa quantidade de pessoas transitando diariamente no bairro, e o contingente que a polícia tem na região é muito desproporcional à população. Segundo os moradores, faz-se necessário o aumento do efetivo policial o mais rápido possível, em vez de uma turma por ano - talvez duas ou três. O Governo não pode resolver tudo de uma vez, mas ele tem que tentar minimizar os problemas do bairro.” De acordo com o Capitão Wellinton, falta policiais, “Nós realmente estamos buscando a parceria da sociedade para resolver este problema, estar trazendo os índices de criminalidade para baixo. A melhor contribuição que a sociedade pode nos dar, é a informação. Nós não podemos estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mas a sociedade está em todos os lugares ao mesmo tempo, o objetivo é ter um link, uma rede de informações, a comunidade nos ajudando a monitorar, por isso apostamos no Projeto Rede de Monitoramento Comunitário. O nosso grande problema hoje é a falta de efetivos, e este, é um problema que não vai se resolver de uma hora para outra, a curto prazo. Por isso buscamos parceria com a comunidade”.

No intuito de implementar novas soluções, algumas ações estão sendo estudadas, como é o caso do Projeto Rede de Monitoramento Comunitário, apresentado pela PM. O projeto é fruto de debates entre o comando do 4º Batalhão da PM, e o Secretário de Segurança, Evaldo Martinelli. Dentre os seus objetivos, está promover uma parceria com a comunidade, uma rede participativa que contribua para a eficiência da segurança. O projeto visa a mobilização da comunidade local que, em parceria com a PM, agregando valores, contribuirá com informações precisas da problemática no local onde ela estiver acontecendo, para que a ação da polícia seja ainda mais rápida e precisa, o monitoramento via câmera, também será apresentado futuramente como alternativa. É necessária a aprovação de uma comissão para que o Projeto de Monitoramento seja colocado em prática. “O condomínio pode ter uma boa visibilidade, o que ajuda o morador a observar alguma infração, ou alguém suspeito, e já poder passar informações como a descrição do suspeito, o que ajudaria a aumentar a agilidade na hora da ação dos policiais”, afirma ainda o Capitão Wellinton.

O Projeto é experimental, e de acordo com os ajustes e resultados, ele pode ser implementado e atender também outras áreas do município.