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Banco Comunitário: Projeto apoiado pelo MOVIVE precisa de acionistas sociais

A ONG Movimento Vida Nova Vila Velha, localizada na Praia da Costa apóia o Projeto Banco Comunitário de Desenvolvimento VerdeVida, o qual impulsiona a utilização da moeda social chamada Verde. Com isso, alguns bairros de Vila Velha podem trocar o óleo usado e o lixo seco pela moeda e utilizá-la no Supermercado Solidário da região da Bacia do Rio Aribiri.

Assim, a necessidade de conscientizar a comunidade sobre a poluição do Rio Aribiri, impulsionou a criação do banco. Como ainda não há recursos para implementar a revitalização do rio,  a partir do Banco, viu-se a oportunidade para a educação ambiental como um caminho de desenvolvimento da região.

A instituição é administrada pelo Fórum Permanente da Bacia do Aribiri, criado em 2004 e constituído por entidades do poder público, privado e da sociedade civil.

Tatiana Custódio Bicalho, Assessora de Coordenação - MOVIVE – Fórum Permanente da Bacia do Rio Aribiri, responde algumas questões sobre o projeto e ressalta a importância da participação do acionista social.

Jornal Praia da Costa: O Banco Comunitário visa tanto a geração de renda quanto a sustentabilidade ambiental. Como funciona este projeto?

Tatiana C. Bicalho: Hoje, o Banco Comunitário VerdeVida atende as comunidades da Região da Bacia do Rio Aribiri com o Supermercado Solidário na troca de resíduos pela Moeda Verde. Nele, o morador da Região pode trocar seu resíduo sólido ou líquido (lixo) pela moeda social, ou por produtos do supermercado ou serviços da Região que queiram receber a moeda.

Assim, os comerciantes locais podem contratar os serviços da comunidade, em troca da moeda verde e/ou adquirir produtos de seu interesse, contribuindo para desenvolvimento da rede de consumidores e produtores da Região.

Para manutenção do Supermercado o Banco conta com os acionistas sócio-ambientais, que podem ser toda pessoa, física ou jurídica, que tem interesse em contribuir com essa iniciativa.

O projeto incentiva as famílias a subirem a escala de inclusão social, ou seja, famílias na linha da assistência (recebe benefícios, cria paternalismo e limita participação) para a linha da sustentabilidade (gera recursos e promove democracia).

JPC: Quanto tempo tem o projeto?

Tatiana : O Projeto Banco Comunitário de Desenvolvimento foi lançado no dia oito de maio de 2008.

JPC: Qual a  abrangência do Projeto (bairros)?

Tatiana: Os bairros estão localizados geograficamente nas regiões administrativas 3 e parte da 4, e de acordo com a divisão por pólos regionais para a realização da Agenda XXI, os bairros que compõem a abrangência do Programa VerdeVida, estão distribuídos nos Pólos Regionais de Paul, Aribiri , Santa Rita e Grande Cobilândia.Alecrim, Argolas, Ataíde, Aribiri, Atalaia, Cavalieri, Chácara do Conde, Capuaba, Dom João Batista, Garoto, Ilha da Conceição, Ilha das Flores, Paul, Pedra dos Búzios, Planalto, Primeiro de Maio, Santa Rita, Sagrada Família, Vila Batista, Vila Garrido, Vale Encantado e Zumbi dos Palmares.

JPC: Quantas pessoas (ou famílias) são beneficiadas com o Banco Comunitário?

Tatiana: Até o mês de julho de 2008 o Banco atendeu aproximadamente 100 pessoas. Vale ressaltar que este é o número de pessoas atendidas, porém o número de pessoas beneficiadas indiretamente é bem maior, pois com a destinação correta dos resíduos toda sociedade é beneficiada.

JPC: Existe uma pretensão de expansão (para outras localidades)?

Tatiana: Sim. Inclusive temos sido procurados por diversas Prefeituras e Entidades do Estado e também do país, como por exemplo, a Prefeitura Municipal de Recife /PE.

JPC: Como é a atuação de patrocinadores e/ou parceiros neste projeto?

Tatiana: A atuação de patrocinadores e parceiros é muito importante dentro da Rede de Desenvolvimento Local, pois contribui para desenvolvimento humano, a cidadania e o capital social da Região. Além disso, fortalece o processo de desenvolvimento da Rede.

JPC: Como uma pessoa pode se tornar um acionista social? Quais os procedimentos?

Tatiana: A pessoa interessada em se tornar um acionista deve preencher a uma ficha cadastral, disponível no Banco Verde ou MOVIVE, onde ela se comprometerá a doar uma vez por mês qualquer um dos produtos da cesta básica nacional, podendo ser de limpeza, higiene pessoal ou alimentação.

A quantidade é de acordo com as possibilidades do doador. Sendo um acionista sócio-ambiental o cidadão contribui para a redução de resíduos sólidos que seriam lançados diretamente na natureza ou iriam para os aterros sanitários.

Para mais informações e para se tornar um acionista social, acesse www.movive.org.br ou entre em contato pelo telefone 27-3229-8822.

 

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