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Dr. João Evangelista
Gastro-enterologista

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2008

Caramba, o ano acabou! Estou bem cansado. Não sei o que você deseja, mas eu gostaria de ter um ano novo tão bom quanto foi o ano de 2007.

Peço que aceite a minha gratidão por ter lido minhas crônicas. Talvez você tenha deixado de ler algumas ou, quem sabe, todas. Mas com certeza esta aqui você está lendo. Aí pelo menos eu posso me consolar com o fato de que, se você chegou até aqui, a coisa não está tão ruim assim. Infelizmente, falar e escrever são duas coisas totalmente diferentes. Num bate papo, eu posso fingir que sou inteligente. Quanto alguém pergunta, por exemplo: João, você sabia que François Marie Arouet era tão capcioso assim? Embora eu não esteja sabendo que se trata do filósofo francês Voltaire e muito menos o sinônimo para o adjetivo astucioso, digo: Sabia.

Muitas vezes eu jogo uma palavra no meio de uma conversa, mesmo sem ter certeza se ela cabe: Cara, eu fiquei estúpido! Então espero, e se ninguém disser nada, sei que me dei bem.

-João, você não queria dizer “perplexo”?

-Êpa! Aí eu dou uma de João sem braço: Ah, o que é que eu disse: Estúpido? Há! Que engraçado. Quer mais cerveja ou vai esperar as batatas fritas? Agora, experimente colocar tudo isso numa crônica. Não adianta tentar consertar depois.

Numa conversa, eu posso fazer um controle dos estragos. No papel, se eu mandar um “estúpido” onde ele não deveria estar; minha estupidez estará documentada para sempre.

Ler é uma atividade que exige curiosidade, paciência e perseverança. Mesmo assim, eu ainda acho que devo meus leitores, a humildade que tenho de me expor. Durante todo o ano de 2007 escrevi temas, alternando humor e seriedade, refletindo os inúmeros momentos da minha vida. No momento que a gravidade começava incomodar eu pulava para o humor. Eu sempre detestei radicalismos; até mesmo na minha profissão. Quando alguns pacientes, cheios de saúde, exigem exames desnecessários, exaltando o excesso de prevenções, eu sempre advirto: O senhor será um cadáver saudável, caso continue se privando de cândidos prazeres, em nome desta tão cansativa virtude.

Já o humor é a arte de fazer cócegas na alma. Quem não gosta de rir?! Por tudo isso é que eu acho tão difícil, quanto necessário, ser engraçado pra burro. Mais fácil, e desnecessário, é um burro tentando ser engraçado.

Quem escreve deve estar sempre preocupado em não deixar suas limitações passarem à frente de suas aptidões.

Mas, o que fazer para entrar 2008: Lançar oferendas em direção ao mar? Espocar foguetes em direção ao céu?  Sonhar? Sonhar? Sonhar?

Existe algo maior que o mar: O céu! Existe algo maior ainda que o céu: O interior da alma humana! Sonhar é acordar para dentro!

Para aqueles que operaram de hemorróida, que tenham um Feliz Ânus Novo! Quanto aos demais, jamais se esqueçam, durante as comemorações, que um abraço custa mais barato que um foguete, e dá mais luz!

FELIZ 2008!

 

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