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Gripe A: número de mortes vai diminuir no país, afirmam médicos

gripeINTCom registros de mais de 100 mortes em todo o Brasil, principalmente entre os meses de junho e julho, especialistas na área de saúde acreditam que o número de óbitos por influenza A (H1N1) diminuirá daqui para a frente. De acordo com eles, médicos e autoridades sanitárias foram inicialmente surpreendidos pela doença, mas agora começou-se a entender melhor o vírus e a reconhecer os grupos de pessoas mais vulneráveis.

Segundo Davis Ferreira, chefe do Departamento de Virologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no princípio muitos médicos tratavam pacientes com a influenza A como se estivessem infectados com a gripe comum.  Algumas dessas pessoas, por se tratar de grupos mais vulneráveis à nova doença, como as grávidas, acabaram morrendo.

“O que acontece agora é que as pessoas de ‘grupos de risco’ estão sendo tratadas de forma especial. Então, eu acho que as medidas estão acertadas. O ‘grupo de risco’ tem que ser olhado com bastante carinho. Essas pessoas não podem voltar para casa se tiverem com sintoma de gripe, devido à alta incidência de pneumonia. E, com essas pessoas sendo bem orientadas e bem cuidadas, acredito que podemos diminuir muito o número de óbitos por essa gripe”, disse Ferreira.

O coordenador da Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Pablo Vazquez, concorda que os médicos não estavam bem orientados para tratar a nova gripe e que agora eles estão melhor preparados para lidar com a doença. Vasquez acredita que haverá redução do número de mortes e de casos da gripe suína no país, conseqüência de um melhor atendimento e do fim do inverno, que ocorrerá em setembro,. “Acho que as medidas organizadas pela saúde pública devem ser o principal motivo [para essa queda de mortes esperada], mas, sem dúvida, não há como negar que a saída da temporada de temperaturas mais baixas estimula o recuo da doença”, afirmou.

No entando, o coordenador do Cremerj alerta que a gripe suína ainda não é completamente conhecida dos médicos e especialistas - ou seja, ainda há muito o que descobrir sobre essa doença. 

“A gente está criando consensos em relação a uma doença sobre a qual ainda temos pouca fundamentação científica. Por isso, ainda não há um protocolo totalmente estabelecido. Por conta disso, as orientações estão sofrendo mudanças”, disse.

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