Criminalidade: assaltos viram rotina na Praia da Costa
“Moradores presos em casa e bandidos soltos na rua. Essa é a nossa realidade. Quando a gente sai de casa, já sai com medo, olhando para todos os lados para ver se tem alguma pessoa estranha por perto”, esse é o desabafo de uma aposentada que, por medo, preferiu não se identificar. Reclamações como essa já viraram rotina na Praia da Costa. Isso porque a cada dia surgem novos casos de assalto no bairro.
Na noite do dia dois de julho, funcionários de uma farmácia do bairro foram surpreendidos. Dois motoqueiros pararam em frente ao estabelecimento e entraram anunciando o assalto. O atendente ficou refém dos criminosos e foi obrigado a abrir o caixa da farmácia, que ficou vazio.
O local tem câmeras de monitoramento, mas isso não inibiu a ação dos bandidos. Assim como também não impediu um roubo em outra farmácia na Av. Hugo Musso. Mesmo tendo sistema de monitoramento, o estabelecimento foi assaltado. O crime aconteceu na tarde do dia 24 de junho.
O que chama a atenção nesse caso é que enquanto a farmácia era roubada, outro estabelecimento vizinho também era invadido por um criminoso. O jovem entrou na padaria, sacou a arma e rendeu funcionários e clientes. Foi a décima vez que a padaria foi roubada. Só nesse ano foram três assaltos.
Segundo testemunhas, os crimes no bairro estão acontecendo sempre da mesma forma: um dos bandidos entra no comércio enquanto outro, ao mesmo tempo, invade a loja ao lado.
Pessoas que trabalham no bairro tentam superar o medo dos criminosos e conviver com a insegurança. “É complicado trabalhar. Do nada aparecem assaltantes...”, lamentou uma vítima.
Os donos dos estabelecimentos reclamam ainda mais da situação. Sem segurança, eles afirmam que fica difícil manter o comércio funcionando. “A orla durante a noite é toda monitorada. Só que a tarde, no horário em que a maior parte do comércio funciona, não temos nenhum monitoramento. Depois de 21hs, o policiamento ostensivo é retirado e os ladrões fazem a festa. Ficamos à mercê de qualquer coisa”, reclamou o empresário Júnior Costa.
Em resposta às denúncias, o Subtenente Adelinar Roberto de Almeida explica que o efetivo ostensivo, com PM’s a pé, atua principalmente durante o dia porque nesse horário o fluxo de pessoas é muito maior, e consequentemente, a necessidade de um trabalho preventivo é maior.
O Subtenente diz ainda que o efetivo disponível é empregado de acordo com as diretrizes do Comando Geral da PM e observando prioritariamente o Mapa do Crime, que aponta os tipos de delito, horários e locais dos crimes.
Em casos de assaltos ou qualquer ocorrência a orientação da PM é ligar para o 190.
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