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Movimento é uma iniciativa de alguns moradores da Praia da Costa

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No final de outubro, em algumas localidades da Praia da Costa foram colocadas faixas com a seguinte frase: “Xô Alça”. Para quem viu e não entendeu nada, tal manifestação trata-se de um protesto que começou no final de agosto de 2008 e é motivado pela insatisfação dos moradores da Praia da Costa que residem próximos à Terceira Ponte, por causa de possíveis desapropriações para obras.

Segundo a mobilizadora do movimento, Soraia Fernandes, no ano de 2007 os moradores do bairro foram convocados para uma reunião que aconteceu no Clube Libanês, onde o governo do Estado foi convidado a participar e não compareceu, para prestar alguns esclarecimentos sobre os “boatos” sobre a construção das referidas alças, que seriam construídas nas laterais da Terceira Ponte e desembocariam na altura da Av. Henrique Moscoso. A partir de então, criou-se um pânico nos moradores de algumas

ruas da Praia da Costa.“A notícia sobre a construção das alças desde o ano passado nos deixou bastante inseguros, principalmente porque, começaram  a surgir políticos anunciando  a autoria do projeto e quando a AMPC procurava a Rodosol era informada que não existia um projeto nem previsão de obras, ao mesmo tempo em que, alguns diziam que não tinham projetos outros anunciavam o início das obras, isso gerou insegurança. A sensação é que discutiam sobre as nossas vidas, mas o que menos importava era a nossa opinião”, relatou Soraia.

“O que se comentava era de um projeto definitivo, com poder de alterar a característica principal do bairro, que é residencial. Com certeza iria afetar todos os que aqui residem e muitos que aqui investiram as reservas econômicas, fruto de anos de trabalho. O bairro desenvolveu bastante com a construção da Terceira Ponte, isso foi positivo, porém a Praia da Costa localiza-se em uma ponta da cidade, é aqui que começa ou termina Vila Velha? Estamos espremidos entre o Morro do Convento o Morro do Moreno e a praia, não existe mais espaço territorial para alças”, acrescentou Soraia.

Entretanto, no mês de novembro foi anunciada verba para a construção da “alça” da Terceira Ponte, o estudo de alternativas continua em estudo, porém o vice-governador Ricardo Ferraço alegou em diversos veículos de comunicação que a tal “alça” deve ser construída entre as avenidas Carioca e Luciano das Neves, com o propósito de melhorar o fluxo de automóveis em Itapoã e Itaparica.

“Fiquei feliz com essa informação, pois o trânsito da cidade de Vila Velha está caótico, todo o tráfego da Terceira Ponte desemboca na Praia da Costa, e por meio da saída diretamente em Itapoã e Itaparica vamos ter sensível alteração no fluxo dos veículos que em sua maioria tem como destino esses bairros, e também os imóveis desses locais vão ser valorizados, levando as construtoras a investirem mais nessas localidades. Também vai ser bom para o bairro Praia da Costa, pois aqui a área não comporta mais moradias, nossas ruas são poucas e estreitas. Acredito que o governo tomou conhecimento do movimento e apoiou nosso ponto de vista e está buscando outras alternativas”, finalizou Soraia sobre a questão das alças.

Com isso, para esclarecer esta situação referente à alça e tranqüilizar os moradores, a AMPC marcou uma reunião com o vice-governador para o mês de dezembro.

 

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