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Alagamento atormenta morador da rua João Joaquim da Motta

Eduardo Oliveira

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As garagens dos edifícios da rua João Joaquim
Motta sofrem com constantes alagamentos

População faz abaixo-assinado para que a PMVV inclua a via, da Praia da Costa, no projeto de macrodrenagem

Quem trafega pela rua João Joaquim da Motta em um dia de sol, não imagina os transtornos que uma chuva pode causar a seus  moradores. Porém, o trecho central da rua é um local propício para o represamento da água das chuvas, como uma piscina esperando para ser cheia.

Os dois extremos da rua formam pequenas descidas (ou subidas) que jogam a água para a região central. Há ainda de um dos lados ladeiras na encosta do Morro do Moreno, por onde desce muita água e muita lama, principal responsável pelo entupimento da rede de drenagem de águas fluviais. Do outro lado da rua, estão os condomínios, com suas garagens subterrâneas, que acabam servindo como local de escoamento quando chove com mais intensidade.

Os edifícios Mar Verde e Piemonte, localizados na parte mais baixa da rua, são os mais prejudicados. Costumam ter suas garagens baixas invadidas, mesmo tendo sistemas de bombeamento de água. A rede de drenagem fluvial fica entupida, mandando para ao prédios não só a água represada, como também toda sujeira dos bueiros.

Em janeiro de 2004, após uma forte chuva, a água dentro das garagens atingiu 70 centímetros de altura, provocando danos em veículos, alguns com perda total, além de danos dos mais variados em bicicletas, móveis, eletrodomésticos e documentos, que eram guardados em boxes, que cada apartamento tem junto com a garagem.

Segundo síndica do edifício Piemonte, Cristina Alves do Couto Novaes, em julho deste ano, os moradores fizeram um abaixo-assinado pedindo providencias à Prefeitura de Vila Velha. O documento foi entregue ao vereador Joel Rangel e repassado ao prefeito Max Filho e à Secretaria de Obras, para que a rua seja incluída no Projeto de Macrodrenagem, que visa priorizar obras nos principais pontos de alagamento do município de Vila Velha.

Enquanto não se chega a uma solução definitiva, os moradores tentam amenizar o problema. “Está todo mundo muito assustado. Há 10 dias começou a chover um pouco mais forte e as pessoas que têm garagem no subsolo correram para colocar o carro no andar térreo, deixando este pavimento intransitável. Nós também fizemos alguns buracos em um muro, ao lado do edifício Mar Verde, para a água escoar rapidamente para o terreno baldio”, relatou Cristina Alves.

No edifício Mar Verde foi feito uma elevação na calçada, na frente da entrada da garagem, para tentar barrar a entrada da água. Mesmo depois das chuvas, os moradores continuam a sofrer com seus efeitos, primeiro com a lama e o mau cheiro e depois com a poeira, que permanece no local por vários dias. “A poeira sobe e invade os apartamentos, cobrindo os móveis. Parece que a gente mora em um sítio”, finalizou Cristina, síndica do edifício Piemonte.

 

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