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DENGUE: Vila Velha e as estratégias ao combate à dengue

A intensificação de notícias nos veículos de comunicação sobre epidemias de dengue em outras cidades tem gerado apreensões e dúvidas à população vilavelhense. De acordo com dados fornecidos pela Assessoria de Comunicação da PMVV, no ranking dos dez municípios do Espírito Santo com taxa de incidência maior do que 300 casos a cada 100 mil habitantes, Vila Velha ficou de fora, com um índice de 216,24 casos registrados até a última sexta-feira (11) – um número abaixo da média estadual, que é de 274,20 por 100 mil habitantes. Até o dia 14 de abril, foram notificados 978 casos suspeitos de dengue em Vila Velha. No entanto, apenas 32 deles tiveram o diagnóstico confirmado.

Para não ter surpresas, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) deu início ao plano de contingência, que aciona todas as unidades de saúde de Vila Velha para trabalharem em parceria com os pronto-atendimentos (PA’s) no combate à dengue.

A partir do momento em que o plano é colocado em prática, as 17 unidades imediatamente se prontificam para atender à população canela-verde. Ao chegar em uma das unidades municipais, o paciente com suspeita da doença passa por triagem, exames e, conforme a gravidade do caso, recebe hidratação no próprio local.

Não foram apenas as unidades de saúde do município que entraram com tudo nas ações de combate à doença. A Semsa também disponibilizou os telefones 3388-4171 / 4300 (Disque - Dengue) para que as comunidades possam entrar em contato com a Prefeitura de Vila Velha, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17 horas.

Por meio deste novo canal de comunicação, a população poderá informar possíveis focos do mosquito Aedes Aegypti, como piscinas, terrenos baldios com água parada, grande quantidade de pneus e entulhos expostos à chuva. Ao receber as denúncias, uma equipe de agentes é enviada ao local para tomar as providências necessárias.

Ressalta-se ainda que o combate à dengue no município conta com 236 agentes de saúde, seis carros fumacê do Programa de Combate à Incidência do Mosquito (Procim), além do serviço de controle larval. Os casos suspeitos que ainda não são de conhecimento da Semsa também podem ser informados pelo telefone 3185-5868.

Dengue é uma preocupação de saúde pública mundial

Segundo informações do Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte.

TRANSMISSÃO

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias.

Temperatura

A transmissão da doença raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam esse embrião podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o aedes demora em média dez dias.

Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois deste acasalamento, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O Mosquito Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.

Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a fêmea do Aedes voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam. Até então, eles sabiam que o Aedes só se distanciava cem metros.

Sintomas

Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias.O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem:

Dengue Clássica

Febre alta com início súbito• Forte dor de cabeça• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos• Perda do paladar e apetite• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores• Náuseas e vômitos• Tonturas• Extremo cansaço• Moleza e dor no corpo • Muitas dores nos ossos e articulações.

Dengue Hemorrágica

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:• Dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes • Pele pálida, fria e úmida• Sangramento pelo nariz, boca e gengivas• Manchas vermelhas na pele• Sonolência, agitação e confusão mental• Sede excessiva e boca seca• Pulso rápido e fraco• Dificuldade respiratória• Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem. O objetivo do Ministério é que esse número seja reduzido a menos de 1%.

Tratamento

O Aedes Aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas.

A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da atividade sangüínea. A pessoa deve manter-se em repouso, beber muito líquido (inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as dores e a febre.

Ao ser observado o primeiro sintoma, deve-se buscar orientação médica no posto de saúde mais próximo. As pessoas que já contraíram a forma clássica da doença devem procurar, imediatamente, atendimento médico em caso de reaparecimento dos sintomas agravados com os sinais de alerta, pois correm o risco de estar com dengue hemorrágica, que é o tipo mais grave. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica.

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Dicas para curtir o verão de forma saudável

A Associação de Consumidores PRO TESTE lançou um Guia Verão on line com dicas para o consumidor aproveitar melhor uma das mais aguardadas estações do ano. Para desfrutar com saúde esse período de temperaturas elevadas, são destacados alguns cuidados com a alimentação, proteção da pele, hidratação e uso de óculos escuros.
O Guia dá dicas para proteger as crianças de afogamentos, como evitar as intoxicações alimentares e as mordidas de insetos nas atividades ao ar livre. Além de mostrar o que fazer no caso de se deparar com uma enchente. O Guia completo está disponível no site www.proteste.org.br
Durante o verão, com o aumento da temperatura ambiente, é importante ter um cuidado maior com a hidratação do corpo, uma vez que as perdas de líquidos e de sais minerais pelo organismo são maiores do que em outras estações do ano. Nesse período, há aumento da transpiração para manter a temperatura corporal, levando a perda de água e sais que, se não repostos adequadamente com a alimentação e hidratação, pode levar à desidratação.
A transpiração excessiva, o esforço físico ou vômitos e diarréias provocados pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados, podem causar um problema muito comum nesta época do ano: a desidratação. É importante não se descuidar mantendo o hábito de alimentação saudável, mesmo para quem vai à praia.
A PRO TESTE aconselha a ter cuidado e evitar lanches vendidos por ambulantes, em que a higiene e a conservação dos alimentos sejam duvidosas. Não se devem comer alimentos expostos ao sol, poeira e insetos. A atenção deve ser redobrada com barracas de praias e bares que além de oferecerem alimentos gordurosos, com pouco valor nutritivo, podem apresentar problemas de conservação inadequada. Cuidado com pastéis, porções de peixes, camarão e batatinha, todos fritos em óleo usado por várias vezes, salgadinhos dos mais variados tipos, entre outros.
Não se deve comprar água de ambulantes em semáforos, ruas, parques e pedágios, pois além de estar sob os raios solares, muitas não têm rótulo e lacre, e não há garantia de que tenham passado por análise e inspeção do órgão fiscalizador competente. E, em qualquer lugar, se for tomar água, prefira a mineral com ou sem gás, para evitar indisposições estomacais.
Para se prevenir é melhor levar de casa frutas e legumes variados, higienizados e cortados em pedaços. Nada melhor do que usar e abusar das frutas da época: mangas, uvas, pêssegos, abacaxi, ameixas e legumes como pepino, tomate, cenoura, salsão, etc. Tanto as frutas como os legumes devem ser mantidos gelados com o auxílio de uma pequena caixinha de isopor ou bolsa térmica.

Em praias, piscinas e rios é preciso redobrar a atenção para evitar riscos de acidentes e afogamentos, principalmente com crianças por perto. Elas devem ser sempre avisadas sobre os riscos que correm se forem para a água sem cuidados prévios. É papel dos pais e responsáveis pelos menores conversar e orientar sobre os perigos de uma atividade sem segurança.

Especialmente no verão, devemos ficar atentos às bebidas alcoólicas que geralmente são consumidas com maior freqüência, como a cerveja e a caipirinha. Além de conter calorias extras, quando ingeridas em grandes quantidades, estas bebidas podem levar à desidratação. O álcool “retira” a água das células, agindo como um diurético, ou seja, estimulando a formação de urina com conseqüente perda de água pelo organismo. Seja moderado no consumo desses tipos  de bebidas. E, se for dirigir, esqueça-as totalmente.
O uso de um bom protetor solar é fundamental para evitar danos à pele, pois esses produtos são capazes de absorver ou refletir a radiação solar. É recomendável utilizar um produto com Fator de Proteção Solar de, no mínimo, 15. E evitar ficar ao sol sem proteção. O ideal é usar chapéus, óculos escuros e filtros solares durante qualquer atividade ao ar livre. Na praia ou piscina, levar sempre um guarda-sol.
Óculos de sol não é frescura, é prevenção. A exposição aos raios do sol sem proteção pode deixar marcas não só na pele, mas também nos olhos. Mas atenção, usar óculos escuros que não tenham proteção contra raio ultravioleta é pior do que não usar nada para proteger os olhos sob o sol. Os óculos sem o filtro só facilitam a ação dos raios solares. No escuro, as pupilas dilatam, facilitando a entrada de radiação. Os óculos, quando só escurecem e não protegem, colocam o olho em maior risco. Não deixe seus olhos sofrerem os efeitos nocivos do sol atrás de óculos escuros de má qualidade. Não compre em camelôs.