1º de Dezembro: Dia Mundial de Combate a AIDS
Três décadas se passaram desde a primeira descoberta da Aids no Brasil. De lá para cá, é bem verdade que o número de casos caiu. Mas a população não pode se descuidar, principalmente os jovens.
Isso porque uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde no dia 1º de dezembro, data em que se combate a doença em todo mundo, mostra que há uma tendência de aumento dos casos de Aids entre os jovens brasileiros. Um levantamento feito com 35 mil jovens de 17 a 20 anos revelou um aumento de 0,09% para 0,12%, nos últimos cinco anos.
A pesquisa mostrou ainda que 97% dos jovens de 15 a 24 anos reconhecem o preservativo como uma forma eficaz de evitar a infecção do vírus HIV. Mas o uso cai à medida que a parceria sexual se torna estável. O percentual de uso do preservativo na primeira relação sexual é de 61% e chega a 30,7% em todas as relações com parceiros fixos.
O sexólogo e psicólogo, Carlos Boechat, afirma que os jovens ainda têm a mentalidade do “isso não vai acontecer comigo”. Para ele, os jovens usam a camisinha pensando mais na gravidez do que nas doenças sexualmente transmissíveis. “Quando são namorados, ou seja, uma parceria fixa, e a menina começa a tomar anticoncepcional, o casal de jovens acha que não é necessário usar a camisinha, já que terá relação somente com aquela pessoa. Mas antes disso eles não fizeram exame médico para comprovar se tem doença sexualmente transmissível”, afirma o sexólogo.
Outro ponto importante é que hoje não existe mais o estereótipo da pessoa magra, doente, como víamos antigamente. Um exemplo desse estereótipo é o cantor Cazuza, que morreu vítima da Aids. Atualmente, com a evolução dos tratamentos, os portadores do vírus levam uma vida melhor, nem parecem ter a doença.
Sem contar que os números mostram que muitas pessoas estão com o vírus, mas não sabem. Do total de infectados, estima-se que cerca de 230 mil não saibam que são portadores da Aids, segundo o Ministério da Saúde.
O governo calcula que existem atualmente 630 mil pessoas infectadas com o vírus HIV em todo o País. Os números mostram ainda que cerca de 11 mil pessoas morrem por ano vítimas da doença.
A Aids no Espírito Santo
Os registros apresentados pelo Ministério da Saúde apontam que o Espírito Santo ocupa o 11º no ranking do país de maior incidência. Além disso, Vitória ficou em terceiro lugar entre as capitais. Em 2009, para cada 100 mil habitantes havia 19,2 infectados.