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Mais uma edição do passeio Passos do Sagüi encanta a Praia da Costa

Sábado, 10 de junho, foi realizado o passeio Os passos do Sagüi. A caminhada saiu do Farol de Santa Luzia, Praia da Costa, e trilhou até o Morro do Moreno.  Além dos adeptos, o passeio contou com o acompanhamento de um grupo de palhaços, que, através da Prefeitura Municipal de Vila Velha faz um trabalho com os moradores de baixa renda.

Foto: Célia Kamizao

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O evento foi patrocinado pela Escelsa e teve o apoio de Ong´s da região. A iniciativa foi da Associação dos Moradores de Vila Velha- Centro.

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Moradores reivindicam fim de feriados para as polícias

População reivindica efetivo da PM nos postos de atendimento e nas ruas, além das delegacias abertas em feriados e pontos facultativos.

Moradores e comerciantes estão preocupados com o crescente índice de criminalidade na Praia da Costa. Um problema que vem afligindo a população e pelo qual a AMPC sempre lutou, é a falta de atendimento de efetivo da PM nos postos de atendimento (SAC) e nas ruas.Nas delegacias durante os feriados e pontos facultativos a situação também não é diferente, e o atendimento é inexistente nestas datas.Quem precisa registrar uma ocorrência policial em dia de feriado ou ponto facultativo tem que ter muita paciência para não desistir.Nesses dias, as delegacias de bairros e as especializadas não funcionam e a população até mesmo não sabe onde prestar queixa.

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População reivindica efetivo da PM nos
postos de atendimento do SAC 24 horas.

“Até mesmo durante a semana e em horários de pico, falta efetivo da PM para atender a comunidade aqui na Praia da Costa”. É o que afirma a moradora Camila Chamon, que na última semana estava passando em frente ao posto de atendimento da PM na Praia da Costa (SAC) e viu uma mulher sendo rendida e assaltada em frente ao posto. “Roubaram o carro dela! Era uma hora da tarde, eu estava passando e derrepente ouvi alguém gritar, sai daí agora, sai daí agora! Era um ladrão gritando isso com a senhora e roubando o carro dela. A coitada ficou tão sem reação, que saiu do carro rápido chorando e ficou se comunicando com moradores do prédio em frente que naquele momento olhavam para baixo, e ela perguntava chorando e sem entender nada se alguém tinha visto o que aconteceu. Fiquei muito assustada e vi que mesmo em frente ao Posto da PM, que até dezembro funcionava 24hrs, nem ali, a gente está seguro”, explicou a moradora.

“Semana passada encontrei uma moradora que veio procurar o posto de atendimento da PM que fica ao lado da AMPC, e ele estava fechado”, contou o Presidente da Associação dos Moradores da Praia da Costa, José Eduardo.

A falta de contingente é notório. Está havendo um sacrifício grande por parte dos policiais, mas o Governo tem que admitir mais pessoal, pois o número que existe hoje em relação à população que continua crescendo, não é suficiente, afirma ainda. Inclusive os serviços que são essenciais do Governo, tanto delegacias quanto postos de atendimento da polícia, realmente falta gente. Eles trabalham no limite, em função do quadro reduzido que sobrecarrega os policiais, complementa.

 

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A era dos produtos orgânicos

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A moradora Fátima Drumon elogia o
trabalho e os alimentos da feira.

Ás vezes confundidos com naturais, macrobióticos ou transgênicos, muito tem se falado a cerca de alimentos chamados “Orgânicos”. Os alimentos orgânicos, muito em moda atualmente, são produtos cultivados de forma natural, sem o uso de agrotóxicos, fertilizantes ou outros componentes químicos. Eles são produzidos em total harmonia com a natureza, pois são o resultado de um sistema de produção agrícola que busca trabalhar de forma equilibrada o solo e os recursos naturais - água, plantas, animais, insetos, rotatividade do solo, e não basta apenas passar a não usar agrotóxicos no cultivo para chamar seus produtos de orgânicos. Só a “desintoxicação” da terra demanda um longo tempo, afirma a cultivadora e comerciante da feira da Praia da Costa Selene, de Santa Maria de Jetibá.

Conhecidos por não terem resíduos de agrotóxicos, fertilizantes sintéticos, reguladores de crescimento e aditivos para a alimentação animal, os alimentos orgânicos vêm ganhando espaço importante no mercado brasileiro. Existem estudos nesta área há mais de 70 anos, mas só agora nós vemos com maior freqüência estes alimentos nas prateleiras dos supermercados, isso sem falar nas vendas pela internet - direto do produtor. Aos poucos esse tipo de alimento tem ganhado espaço, mas ainda falta muito para que os ambientalistas consigam tornar seu uso viável para a grande massa da população.

A especialista em tecnologia e qualidade de alimentos de origem vegetal, Marina Vieira Fróes, afirma que “Os produtos orgânicos por serem produzidos sem o uso de adubos químicos e agrotóxicos, possuem suas qualidades nutricionais preservadas, trazendo ao ser humano riqueza, equilíbrio e a saúde da natureza, pois os mesmos priorizam a qualidade da terra (solo) onde são produzidos , possuindo maior quantidades de vitaminas e sais minerais”. A nutricionista também explica a diferença do produto orgânico para o convencional, o convencional prioriza a quantidade produzida, por isso os agricultores utilizam adubos orgânicos e agrotóxicos para combater as pragas, já os orgânicos priorizam a qualidade, utilizando adubo natural e não fazem uso de agrotóxicos, promovendo a saúde da terra.”

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O Brasil consome menos que a metade dos produtos
orgânicos cultivados, e exporta a maior parte,
principalmente para a Comunidade Européia.

Por serem poucos os agricultores que se dedicam à produção deste tipo de alimentos e não haver financiamentos para eles, toda logística para a venda e distribuição se torna mais cara, encarecendo o produto final. Falta divulgação, é o que afirma o comerciante da feira na Praia da Costa, Hélio P lastere, “ Acho que falta divulgação, porque muita gente mora aqui pertinho e não sabe desta feira. Eu, minha esposa e minha filha vivemos deste trabalho.” A comerciante Fátima Drumon elogia o trabalho e os alimentos da feira, “Os alimentos são muito gostosos e duram bastante, é muito importante à divulgação do trabalho destes agricultores, pois tenho certeza que quem ainda não sabe, vai passar a vir aqui comprar.” Como não dá para consumirmos só o que é “orgânico” o jeito é trabalhar sobre o que temos, ou seja: antes de consumir frutas, legumes e verduras, principalmente os consumimos com cascas, devemos lavar muito bem os alimentos em água corrente, não desprezando uma escovinha para o caso de alimentos de casca mais grossa.

Se o que você busca são alimentos saudáveis, de elevado valor nutritivo e livre de resíduos tóxicos, todo sábado pela manhã você já sabe onde encontrar na Praia na Costa!

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Atualmente, o Brasil é o décimo maior produtor mundial de orgânicos.

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História de um Pescador

Muitas são as histórias contadas por pescadores. Algumas baseadas em fatos que não foram explicados, outras criadas da pura ilusão e fantasia das pessoas, e há aquelas ainda que retratam a verdadeira história de um povo.

Há muitos anos na Praia da Costa, o mar fornece a fonte de alimento e de sustento para muitas pessoas. Hoje só vemos os barcos, mas perto da pedra da sereia havia uma vila de pescadores, assim como na Praia de Itapoã, onde ainda podemos avistar algumas casas remanescentes. Mesmo com o crescimento acelerado, algumas famílias resistem, e continuam tentando preservar suas tradições. Senhor João tem 79 anos, e 63 anos de pesca. Ele é o pescador mais antigo e o único que manteve viva a fabricação artesanal de tarrafas, que são pequenas redes de pescar lançadas pelas mãos dos pescadores na busca de peixes.

Desde 1943 ele vive na vila dos pescadores, localizada na Praia de Itapoã. Uma atividade centenária. Quando senhor João ali chegou o lugar já abrigava muitas famílias, e pessoas já idosas que viviam do farto pescado e passavam seus ensinamentos de geração para geração. Mais conhecido como Zeco, senhor João afirma que a maioria dos pescadores que ali viviam, iludidos com o dinheiro oferecido pelas imobiliárias acabaram cedendo e vendendo seus terrenos, dando lugar a prédios de até 20 andares.

Hoje, ainda com a grande especulação imobiliária e o crescimento da população, essa tradição esta ameaçada e só o pescado, escasso, já não garante mais o sustento dessas cerca de 20 famílias remanescentes. O peixe na Praia da Costa é de passagem, tem dias que tem muitos cardumes, já outros, nem um sinal. Essa é a dificuldade de se viver só da pesca aqui, nos dias de hoje, acrescenta ele.

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Em tardes quentes podemos vê-lo em sua varanda
fazendo as tarrafas. E quando perguntado sobre a
especulação imobiliária: “Não ha dinheiro que pague
esta vista. O mar é o especial”

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Senhor João é o único pescador que produz as tradicionais tarrafas
de forma artesanal. Uma arte milenar!

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Falta estrutura para o trabalho de salva vidas na Praia da Costa

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Material para a efetuação dos trabalhos
na praia: pé de pato e colete salva vida

O número de afogamentos em relação ao ano passado aumentou na Grande Vitória. De agosto a dezembro de 2005 (incluindo na estatística o mês de Janeiro de 2006) o número de vítimas de afogamentos só em Vila Velha foi de 56, sendo uma vítima fatal.

Segundo o Tenente Scalfoni do Corpo de Bombeiros, a maioria dos afogamentos acontece com turistas, que desconhecem o local que escolhem para se banhar. “O turista chega ao local, vem pela primeira vez, e costuma se aventurar. É preciso que ele procure saber os locais adequados para tomar banho, verificar a existência de guarda-vidas e ficar próximo deles”, diz.Uma norma internacional pede que seja feito um posto de guarda vida a cada 100m. No litoral da Praia da Costa até a Praia da sereia, este espaço é de 350 m a 400m entre os postos, compostos por dois salva vidas cada. De acordo com eles, falta uma ambulância para dar à assistência devida as vítimas de afogamento.

O supervisor do Salva Vidas Sargento Manoel Lucas, afirma que o número de contingentes para dar suporte aos municípios praianos é pouco, “É uma grande extensão de praia, deveria existir uma companhia de 100 a 200 homens só para isso, prestar esse serviço. Estes contingentes ficam defasados.” De 92 inscritos, foram aprovados 76 pessoas para esta função, a procura foi pouca. Ele afirma ainda que, só assume esta função na praia quem passa no curso do Corpo de Bombeiros, ele é habilitado a se integrar ao sistema se salvamento marítimo da orla. Seis postos estão desativados devido a falta de pessoas qualificadas para este serviço.

O trabalho de Salva Vidas está subordinado a secretaria de esportes da Prefeitura de Vila Velha, é um trabalho de alta relevância para o município e a sociedade. Na Prefeitura de Vitória, este trabalho é subordinado a secretaria de saúde. De acordo com o sargento, a saúde poderia estar absorvendo mais, ligada a questão do salvamento. “Na secretaria de saúde tem tudo o que se precisa, nós temos que estar sempre solicitando, inclusive eles poderiam designar uma ambulância para o suporte destes trabalhos. A secretaria de saúde poderia atuar mais nessa questão, dar um apoio maior, como fazem com a dengue e diversos projetos jovens em desenvolvimento.”

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Posto Salva Vidas naPraia da Costa

Além dos critérios de escolha do local de banho é preciso ficar atento para alguns cuidados com o corpo. “A pessoa que for tomar banho deve evitar o álcool, deve evitar entrar na água após as refeições, evitar atividades físicas logo após as refeições porque isso causar desmaio e ter como consequência afogamento. O ideal mesmo é procurar um local conhecido e onde haja guarda- vida”, recomenda.

A maior parte das ocorrências é registrada no verão, período em que a procura por praias, rios e lagoas aumenta. Para tentar minimizar os índices de mortes por afogamento, os guarda-vidas vão continuar a atuar nas praias da Grande Vitória até o final do verão: 60 em Vitória, 76 em Vila Velha, 90 na Serra e 16 em Fundão. Os guarda-vidas trabalham das 8h às 17h, até 15 de março.