Um dos maiores poluidores dos rios, lagos e mares do Brasil é o esgoto urbano. Dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Saneamento mostram que cerca de 85% do esgoto doméstico produzido em nosso país é jogado nos caminhos d’água sem algum tipo de tratamento. São alimentos, óleos, detergentes, fezes e urina, e muitos outros detritos que contaminam a água, arruinando o meio ambiente.

A solução já existe. Coleta de Esgoto. Mas, infelizmente, nem todos têm acesso a esse serviço e muitos que têm não o fazem. Vila Velha é o município da Grande Vitória com o menor índice de esgoto tratado. No município, somente 8,31% da população é atendida. O índice de cobertura, ou seja, a população que pode ser atendida é de, no total, 19,24%. Portanto, cerca de 238 mil pessoas poderiam estar ligadas à rede, mas não estão. Em Vila Velha, há 5.443 ligações disponíveis, enquanto 3.576 já foram efetivadas.  Na Praia da Costa, por exemplo, há cerca de 460 ligações à rede disponíveis. Por outro lado, 315 ligações foram feitas.  Responsabilidade ambiental é um dever de todos e é necessário que todos contribuam para a preservação do meio ambiente.

A ligação do esgoto dos imóveis à rede de coleta e tratamento da Cesan é fundamental para a preservação do Meio Ambiente e para a saúde da população. A Cesan faz um trabalho de conscientização junto aos moradores e proprietários de imóveis para que ocorra a adesão ao serviço. Mas muitos moradores não conhecem realmente a importância desse serviço. Para isso, a partir desse mês o Jornal da Praia da Costa irá trazer uma série de reportagens sobre a importância do ligamento da rede coletora de esgotos.

Para este ano, já estão programadas campanhas educativas com as escolas e reuniões com lideranças comunitárias e associações de moradores, dando continuidade ao trabalho de abordagem domiciliar que acontece desde o ano passado. O objetivo é esclarecer a população “não-ligada” sobre as vantagens da ligação dos imóveis ao sistema de esgotamento sanitário da companhia e atualizar o número de imóveis ligados.

Férias. Sol. Praia. Diversão para uns. Tormento para outros. Assim foi o mês de janeiro na Praia da Costa com a realização do evento Jesus Vida Verão. Durante todos os fins de semana do mês de janeiro a areia da Praia da Costa foi palco para um grande evento. Mas pêra aí! A Praia da Costa tem estrutura para um evento de tal porte e importância? Não. Não tem! Esse é o problema da realização de um evento que atrai cerca de 50 mil pessoas por dia.

Durante todo o mês de janeiro o telefone da Associação de Moradores da Praia da Costa não parou de tocar. Inúmeros moradores reclamando da realização do evento. O problema nada mais é do que estrutural. A Avenida Gil Veloso não é muito larga como é em outras praias do Estado, como a Praia de Camburi, por exemplo, que além de larga são duas faixas de avenida, deixando assim a praia bem distante dos edifícios. Aqui o palco fica praticamente na janela do morador. Nas residências das ruas paralelas a Av Gil Veloso era possível escutar os shows de dentro de casa. Se o evento fosse realizado durante um fim de semana não teria causado tanto incomodo. Mas ele foi realizado durante todo o mês de janeiro as sextas e sábados.

A gerente geral do Hotel Quality – Antônia Melo, localizado em frente à praia e por sinal em frente ao palco do evento, informou que nem foi procurada pela PMVV e nem pela organização do evento. “Ficamos sabendo que o evento seria realizado em nossa porta quando começaram a montar o palco. Entramos em contato com a PMVV via telefone e nos pediram para enviar um email com nosso posicionamento. Enviamos. Hoje, dia 29 de janeiro, ainda não recebemos o retorno”, disse Antônia Mello. A gerente ainda informou que o hotel foi obrigado a contratar seguranças extras. “Infelizmente todo evento atrai pessoas maldosas.

Tivemos que contratar alguns seguranças. Inclusive eles impediram um arrombamento de veículo aqui na rua ao lado e também que uma pessoa fosse assaltada”, informou Antônia. A direção do hotel teve que colocar uma pessoa com a lista de todos os hóspedes do hotel. Toda vez que queriam entrar tinham que mostrar nome e identidade. “Essa medida causou muito desconforto. Mas não tivemos outra saída. As pessoas que vinham para o evento queriam invadir o hotel para usar nossos banheiros e para assistir o show do terraço. Tivemos que impedir a entrada de muitas pessoas”. Antônia disse ainda que alguns hóspedes encerraram sua estádia antes da data combinada, alegando estar incomodados com o som. “Outros hóspedes cancelaram a reserva quando souberam que tinha um evento em frente ao hotel”, afirmou Antônia. A gerente teve um custo extra de aproximadamente R$1.800 com a contratação de seguranças. Outra reclamação ficou por conta do fato de que o ponto de táxi foi removido do local de costume.

Tentamos falar com o Secretário de Governo Franz Schubert sobre a realização do evento Jesus Vida Verão. Mas até o fechamento desta edição não conseguimos falar com o secretário.

O verão está no meio, mas, não é por isso que o risco de uma epidemia de Dengue está descartada. É muito importante que a prevenção contra a doença seja mantida durante todo o ano. Para isso existe o serviço dos Vigilantes Ambientais da Prefeitura Municipal de Vila Velha. O trabalho deles é extremamente importante para o controle da proliferação do mosquito transmissor, Aedes Aegypti, que se reproduz em qualquer recipiente que acumule água, tanto em locais sombrios como ensolarados. Assim, embora seja tarefa dos governos - federal, estadual e municipal - as maiores responsabilidades no combate à dengue, é preciso que as pessoas também se mobilizem contra a doença.

A PMVV tem o Programa Municipal de Controle à Dengue. Todos os dias os vigilantes visitam residências e estabelecimentos comercias em busca de focos do mosquito Aedes aegypti.  Em muitos casos eles não têm autorização de entrada no local. A maioria das justificativas é a falta de segurança. “Nossa maior dificuldade são em edifícios. Muitos porteiros nem nos deixa tentar falar com os moradores”, disse o supervisor da Praia da Costa Antônio Augusto Pereira Souza Ramos

Muitos moradores de edifícios acham que estão livres da contaminação justamente por morar em apartamento. Enganam-se! Vale ressaltar que os apartamentos, mesmo os que não possuem plantas, não estão livres do mosquito Aedes aegypti. Os ralos são um dos maiores problemas em apartamentos.

Vale destacar que todos os funcionários da prefeitura do Programa Municipal de Controle à Dengue visitam os locais para fiscalização devidamente uniformizados e com crachá de identificação. Os agentes de saúde da Praia da Costa estão locados na Polícia interativa.

Os vigilantes realizam a fiscalização de Segunda a Sexta-feira das 7h30 às 11h30 e das 13h  às 17h. Se alguma pessoa bater em sua porta falando que é vigilante ambiental e não estiver  com identificação e uniformizado, ou fora do horário, não permita a entrada em sua casa ou estabelecimento. Para esse tipo de acontecimento você pode ligar para o número  de telefone 3388-4300 e relatar o acontecido.

Na edição anterior foi publicada uma matéria sobre poluição sonora informando ao morador sobre o serviço de Disque-Silêncio que a Prefeitura Municipal de Vila Velha oferece ao cidadão que se sente incomodado pelo barulho excessivo e abusivo. O disque–silêncio mudou seu número para 0800-393-445 e funciona às sextas, sábados, domingos e feriados.

Para complementar a matéria anterior, trazemos as conseqüências provocadas pela poluição sonora.