Costa tem sofrido mudança em sua população. Muitos moradores de rua estão migrando para o bairro. Em vários pontos é possível encontrá- los. Eles estão nas ruas da orla, no Parque das Castanheiras e muitos se concentram embaixo da Terceira Ponte, local que tem servido de ponto de encontro dessa população de rua.

Durante o mês de março, o Jornal Praia da Costa fez vários registros de moradores de rua na ponte. Em um dos flagrantes foram encontrados até dois sofás. Como pode ser visto na foto, no local estavam cinco pessoas. Sem nenhuma preocupação batiam papo, sentados no sofá, deitados no chão.

Em outro dia, ao tirar foto fomos abordados por um morador de rua que, ameaçador, reclamou que estávamos tirando fotografias do grupo. Mas nem sempre eles acham ruim em serem fotografados. Em outro flagrante, na Rua Diógenes Malacarne, o homem deitado no chão, acompanhado por um colega, dá até tchau para a foto. A presença da população de rua assusta os moradores. Muita gente reclama que eles pedem dinheiro e alguns são agressivos.

“A gente se sente acuado e acaba dando dinheiro com medo de que façam alguma coisa”, afirma a administradora e moradora do bairro Ângela Santos. O problema não acontece só na Praia da Costa, mas em todo o município. Segundo a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Vila Velha (Semas), o município possui em média 100 pessoas em situação de rua, sendo que aproximadamente 17 transitam/ migram no nosso bairro. Apesar do aumento dessa população na Praia da Costa, a Semas garante que os números caíram. Em 2013, eram 400 moradores de rua em todo município.

O prefeito Rodney Miranda ressalta que é necessário esforço constante para resolver a questão. “É um trabalho silencioso. Conseguimos avançar desde que assumimos a gestão da cidade. Ao todo, 160 retornaram a seus locais de origem, 70 foram reinseridos no mercado de trabalho e os demais, reintegrados a famílias ou encaminhados a tratamento de drogas”, relata Rodney. A Prefeitura destaca que pessoas em situação de rua perderam o vínculo familiar e muitas não possuem referências familiares.

A Secretaria de Assistência Social ressalta que a construção de saída das ruas é um processo gradativo e de convencimento, não podendo obrigá-los a sair do local, já que não tem autorização para realizar a internação compulsória. O trabalho é de aproximação do agente público a pessoa em situação de rua a fim de convencê-la a sair dessas condições.

Para solucionar a situação a Secretaria de Assistência Social garante que atua na Praia da Costa com o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e que o bairro é monitorado frequentemente pelos servidores do SEAS, fazendo parte do itinerário da equipe. Outras abordagens ao bairro são realizadas a partir de denúncias por telefone, ouvidoria, videomonitoramento, entre outras ações.

A nova administração pública de Vila Velha garante estar de olho na segurança. Novidades estão sendo programadas para melhorar o dia a dia dos moradores.

Após um concurso da Guarda Municipal, a prefeitura informou que os agentes selecionados vão atuar armados. Segundo o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), os profissionais serão treinados e orientados a coibir homicídios, roubos e furtos. Policiais e guardas municipais vão trabalhar em conjunto para reforçar a segurança nos bairros de Vila Velha.

A atuação, segundo o prefeito, será de acordo com o tipo de crime. “Estamos criando programas específicos para cada tipo de crime, especialmente homicídios, roubos e furtos”, explicou. A criminalidade foi tema da discussão entre representantes das Polícias Militar e Civil, Exército, Marinha, Ministério Público, poder Judiciário, Governo do Estado e secretários municipais durante o primeiro encontro do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) no dia 26 de fevereiro.

O grupo vai planejar e agir de forma integrada na área da segurança pública. A Secretária de Segurança do município, Fabiana Maioral, afirmou que um novo concurso para contratação de agentes já está previsto, mas ainda sem data para publicação do edital.

Ela defende o armamento da guarda em defesa da população. Os agentes devem começar a usar as armas ainda no primeiro semestre deste ano.

O medo e a sensação de insegurança ainda estão presentes no dia a dia dos moradores da Praia da Costa. A cada dia chegam novas reclamações de furtos e roubos na sede da Associação dos moradores da Praia da Costa (AMPC). Durante o verão a situação costuma ficar pior.

Com as férias escolares e chegada de turistas, o fluxo de pessoas no bairro aumenta e, consequentemente, chama a atenção de bandidos. Para coibir os crimes é preciso aumento do policiamento e também a vigilância da própria comunidade.

É muito importante a colaboração dos moradores nesse trabalho. Se for vítima, tem que se registrar a ocorrência, assim estará contribuindo para um melhor diagnóstico na identificação dos tipos de crimes em nossa região. A Praia da Costa não pode ocupar um espaço relevante no cenário do crime contra o patrimônio.

Essa contribuição é muito importante,aperfeiçoará a logística para redução da criminalidade, com maior agilidade da repressão ao crime e com o maior número de colaboradores da segurança. Outro ponto que ajuda muito o trabalho da polícia é o Projeto Rua Segura. Porteiros e funcionários de condomínios são treinados para denunciar casos suspeitos.

Um radiocomunicador é deixado no prédio, ao detectarem qualquer situação suspeita, os porteiros acionam a polícia. O radiocomunicador está ligado direto à Central da PM.

O atendimento da ocorrência é sempre ágil e traz bons resultados no bairro. Mas para o sucesso desse projeto é preciso que todos os condomínios entrem na luta contra a violência. Se o seu prédio ainda não está cadastrado, entre em contato com a AMPC pelo telefone: 3349-0559. Faça parte deste projeto!

Segunda-feira, dia 04 de março, a Praia da Costa foi notícia nos jornais de maior circulação do Estado. Mas a notícia não era boa, muito pelo contrário. Os jornais contavam a história de um delegado da Polícia Civil que reagiu a um assalto e baleou um adolescente que tentou assaltá-lo.

O crime teria acontecido durante o fim de semana na Rua Vinícius Torres, na Praia da Costa. O adolescente de 16 anos e outros dois rapazes tentaram roubar o carro do delegado. Ao escutarmos histórias como essa, ficamos ainda mais assustados.

Nem polícia escapa! O sentimento da comunidade é de impotência coletiva. A sensação de insegurança tem provocado desconforto, muito estresse e angústia nos moradores. Estamos assistindo a um aumento de dependentes químicos nas ruas do bairro e que estes indivíduos, cientes da ausência do Estado, estão praticando seus crimes.

Em 2012 tivemos tiros em plena praia, assassinato, agressões físicas, fatos que antes não eram comuns em nosso bairro. Infelizmente estamos nos tornando reféns da criminalidade. Estamos perdendo o direito de ir e vir em determinadas ruas e horários. Entendemos que a segurança é dever do Estado e responsabilidade de todos, mas há um colapso na segurança do bairro a ser considerado. O Estado precisa urgentemente fazer a sua parte, ocupar os espaços públicos e restabelecer a ordem, e para tanto temos que aumentar o efetivo policial no bairro.

Os bravos e desgastados policiais vinculados ao SAC/Praia da Costa é insuficiente, considerando que o bairro possui uma das maiores densidades demográficas do Espírito Santo. A Praia da Costa tem hoje uma população de 45 mil moradores, mas a quantidade de pessoas circulando pela região é bem maior. São mais de 230 estabelecimentos comerciais espalhados no bairro, que geram aproximadamente oito mil empregos diretos.

Um shopping com 240 lojas que recebe diariamente 35 mil pessoas. Temos também inúmeras igrejas, clínicas, hospitais, escolas, hotéis, restaurantes, bancos, bares, supermercados, imobiliárias e etc. Belas praias com uma imensa área de lazer e esporte, um atrativo natural para um enorme contingente de pessoas de outros bairros e municípios vizinhos.

Sem contar que nos períodos de veraneio os turistas nacionais e internacionais aparecem em grande quantidade. Bandidos são atraídos pela movimentação econômica e o índice de furtos e roubos aumenta de forma exponencial. Sem o aumento do efetivo é impossível manter a ordem.

Em 1996, com aproximadamente 20 mil habitantes, tínhamos 22 policiais em serviço no bairro. Hoje com todo o crescimento temos 14 PM’s vinculados ao SAC/Praia da Costa, enquanto deveríamos ter um mínimo 44 policiais, conforme quadro abaixo: