Mais um mês de bate-estaca no Morro do Moreno
Na coluna desse mês venho reforçar a queixa de um amigo. Desde julho o Jornal Praia da Costa vem publicando as cartas com a reclamação desse morador do bairro. Nas duas ocasiões, foi questionada a explicação da Prefeitura de Vila Velha. Segundo ele, a resposta passada não é convincente e nem soluciona o problema.
A situação é a seguinte: há cerca de três meses uma obra está sendo realizada em um terreno particular que fica aos pés do Morro do Moreno. A vizinhança da Rua Lúcio Bacelar tem visto rotineiramente a presença de homens quebrando pedras no local. O terreno pertence.
Após fiscalização na área, que pertence à Igreja Cristã Maranata, a Secretaria de Meio Ambiente de VV informou que as pedras que estão sendo quebradas são de um desmoronamento ocorrido no período de chuvas e que elas estão sendo quebradas artesanalmente, ou seja, a mão com martelete. A secretaria de Meio Ambiente disse ainda que a ação está dentro da legalidade pois possui autorização do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil.
Mas o que é questionado é exatamente o trabalho que está sendo feito no terreno. Realmente o quebra-quebra é com o martelete (como podemos ver nas fotos). Só que as pedras que estão sendo destruídas não parecem pedras que rolaram de um barranco.
Como disse o meu amigo Ricardo Filgueiras, morador que fez a denúncia, “essas pedras não parecem ter rolado após uma chuva, por mais torrencial que tenha sido. As pedras estão em locais de mata preservada sem qualquer sinal de rolamento. O que estão fazendo é descalçar a encosta e aí sim, quando de uma próxima chuva a possibilidade de deslizamento se torna real”.
Outra alegação passada pela PMVV é de que durante a primeira fiscalização os responsáveis pelo terreno teriam alegado que, após rolarem do barranco, as pedras estariam bloqueando a passagem usada pelas pessoas e carros. Mas como é comprovada pelas fotos, a área não é de passagem de pedestres nem de carros.
Resposta da PMVV: Apesar de ser contestada a obra, a Secretaria de Meio Ambiente de VV continua a dizer que as pedras são resultado de um desmoronamento ocorrido no período de chuvas e estão sendo quebradas artesanalmente (a mão com martelete). Informa ainda que a ação está dentro da legalidade, pois possui autorização do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Como os materiais estão em propriedade particular, é de responsabilidade do proprietário.