Pedintes nas ruas da Praia da Costa: não dê esmolas
Um caso chamou a atenção de todos os capixabas. Durante o mês de março, um casal foi detido na orla da Praia da Costa, acusado de explorar o filho de sete anos. O pai foi pego em flagrante por comissários do Juizado da Infância e Adolescência pedindo dinheiro com a criança em uma cadeira de rodas.
O que chama mais a atenção para o caso é que a família, que pedia dinheiro, estava hospedada em um hotel de frente para o mar. Segundo a polícia, a família vive em uma casa de luxo com Piscina, playground, televisor 50 polegadas e ar condicionado.
O caso revoltou muitos moradores. “Isso é um absurdo, uma falta de vergonha na cara. Essas pessoas abordam a gente na rua, se dizendo necessitadas e na verdade tem mais dinheiro do que muito morador do bairro”, reclama a moradora da Praia da Costa Izabel Rodrigues.
Cenas de pessoas pedindo dinheiro são comuns na Praia da Costa. É possível ver pedintes, em sua maioria crianças, em vários pontos do bairro. Os sinais de trânsito são os locais preferidos para esse tipo de ação. “Sempre que paro no sinal de trânsito vem alguém pedir dinheiro. Normalmente, não dou nem conversa, mas as vezes fico com pena e acabo dando um trocado”, diz Luiz Roberto Couto morador do bairro.
No Parque das Castanheiras também é freqüente a passagem de pessoas pedindo dinheiro, comida e água. “Aqui na porta de casa tem sempre uma menina pequena pedindo um pão ou outra coisa para comer. Às vezes também passa viajante pedindo pacote de arroz. A gente que é mãe fica com pena de ver uma criança com fome, aí eu acabo ajudando, mas dou comida, dinheiro não”, relata a moradora Sílvia Vieira.
Apesar da boa vontade dos moradores, a recomendação é exatamente o oposto. A orientação da Secretaria de Ação Social e Cidadania de VV é para que as pessoas não dêem esmolas, pois isso incentiva os pedintes a continuarem nas ruas.
A secretaria garante que realiza abordagens diurnas e noturnas em vários bairros do município, fazendo um trabalho de convencimento com os moradores de rua. Para informar sobre esses casos, basta ligar para a Ouvidoria, pelo número 0800 283 9059, ou para o Centro de Triagem, no telefone 3149-9932.